Atualidade
O aumento da incidência mundial de alergias alimentares tem motivado a realização de estudos de intervenção no âmbito da prevenção primária. Estes estudos têm sido efetuados, particularmente em crianças com risco atópico, com o objetivo principal de estabelecer recomendações que permitam intervir precocemente, prevenindo o desenvolvimento de alergia alimentar que afeta até uma em cada cinco pessoas. Embora raramente fatais, as alergias podem afetar o crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida das crianças, além de estarem associadas a custos pesados de saúde e utilização de recursos.
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e o Centro Hospitalar Universitário Charité (Berlim) lideram uma investigação internacional com o objetivo de desenvolver e validar um novo método eletrónico para controlo diário da asma, permitindo melhorar a monitorização e a autogestão da doença por parte dos doentes.
A comparticipação universal a 50 % do custo total deste tratamento em Portugal data de 19/03/1981, e, de forma absolutamente inexplicável, essa comparticipação foi revogada em 09/08/2011, explica a direção desta sociedade científica. Ao contrário de muitos outros países da União Europeia, Portugal mantém uma política de não comparticipação da imunoterapia específica com alergénios, limitando o acesso dos doentes a este tipo de tratamentos.
Um adesivo para pele experimental tem-se demonstrado promissor para tratar bebés altamente alérgicos a amendoim, treinando os seus corpos para lidar com um consumo acidental, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos.
Os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com prestadores convencionados para exames de Imunoalergologia e Pneumologia mais do que duplicaram (+121,8 %) em 2021, chegando aos 2,8 milhões de euros, segundo um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
O Hospital das Caldas da Rainha é o primeiro do país a administrar imunoglobulina humana subcutânea facilitada a doentes com défices do sistema imunitário.
O Dia Mundial da Consciencialização do Angioedema Hereditário, uma doença rara que resulta de vários defeitos genéticos e que pode cursar com episódios de edema da face (o mais recorrente), das extremidades, edema abdominal e edema laríngeo potencialmente fatal, assinalou-se ontem, 16 de maio.
De acordo com os dados do Inquérito Nacional de Controlo da Asma de 2010 e que continuam a ser os mais recentes nesta área, em Portugal, são cerca de 700 mil as pessoas com asma, uma doença que afeta todas as idades e géneros. No nosso país, a asma é uma doença subdiagnosticada, com controlo ainda insuficiente e taxas de internamento importantes sobretudo na faixa etária das crianças, sendo que morrem mais de 100 pessoas por ano, por asma, em Portugal.
No âmbito do Dia Mundial da Asma, que se assinalou ontem, 2 de maio, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) uniram-se com o objetivo de sensibilizar a população. “Este ano, o nosso destaque vai para os mais novos. Queremos dar a conhecer melhor a asma, o seu impacto e a necessidade de a tratar de forma correta, sem mitos, sem receios e sem limitações”, referem as Dr.as Lígia Fernandes, da SPP, e Ana Mendes, da SPAIC.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), em parceria com a Jaba Recordati, lançam o Prémio Investigação em ASMA 2023. O período de candidaturas decorre até 7 de agosto, onde podem ser submetidos projetos de investigação em asma, desenvolvidos em Portugal. O vencedor é distinguido com um prémio no valor de cinco mil euros.