Atualidade
Os poluentes atmosféricos prejudicam a saúde humana e novas investigações confirmaram que também colocam em risco a chegada dos alimentos à mesa, porque estes agentes estão a dificultar a polinização a nível global.
As alergias alimentares são uma das principais causas de anafilaxia em todo o mundo. A imunoterapia específica para alérgenos é o único tratamento que demonstrou ter impacto clínico na doença alérgica, mas a sua aplicação e utilização direta para o tratamento de alergias alimentares tem sido dificultada pelo risco de reações alérgicas graves e pela eficácia de curta duração. Peptídeos derivados de alérgenos poderiam fornecer uma solução. O PVX108 aplica tecnologia que permite identificar as sequências específicas de aminoácidos de alérgenos que são essenciais para o reconhecimento pelas células T humanas.
Uma equipa de investigação liderada por Salomé Pinho, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), publicou um estudo na revista Cellular & Molecular Immunology que prova que os glicanos, que cobrem a superfície dos linfócitos T, são fundamentais para garantir um bom funcionamento do sistema imunitário.
11 666 assinaturas foi o total de assinaturas recolhidas, até 6 de janeiro deste ano, na petição apresentada pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e que pretende que seja reposta a comparticipação do tratamento de imunoterapia específica com alergénios (vacinas antialérgicas) em Portugal. “Em nome da direção da SPAIC gostaríamos de agradecer o envolvimento de todos, certos de que há ainda um longo caminho a percorrer, mas que será trilhado em conjunto por todos aqueles que a nós se uniram e que responderam ao nosso apelo”, afirma Ana Morête, presidente da Sociedade.
Um estudo realizado na University of Virginia Health System sugere que a sensibilidade a alergénios alimentares comuns, como lacticínios e amendoins, pode ser uma causa importante de doenças cardíacas e consequente risco aumentado de morte cardiovascular.
Foi identificada uma via alérgica que, ao ser bloqueada, pode desencadear imunidade antitumoral em modelos murinos com cancro do pulmão de não pequenas células. Paralelamente, num estudo em humanos, a combinação de imunoterapia com dupilumab, anticorpo monoclonal bloqueador do recetor de interleucina-4 (IL-4) amplamente utilizado no tratamento de alergias e asma, reforçou o sistema imunitário dos doentes, com um em cada seis a sofrer redução significativa do tumor.
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) disponibiliza a especialidade de Imunoalergologia, possível com a chegada do imunoalergologista Dr. David Pina Trincão. “A Imunoalergologia é uma especialidade médica que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças alérgicas e das doenças do sistema imunitário, pelo que a sua prática clínica envolve patologias de vários orgãos e sistemas”, destaca o especialista.
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) estão a recrutar pessoas com asma e rinite para um estudo que avalia o impacto do diagnóstico molecular na eficácia das vacinas antialérgicas.
Os Prémios Pfizer 2023 distingue o Prof. Doutor Luís Graça, imunologista, pelo seu trabalho sobre a imunização contra a COVID-19. Os Prémios Pfizer são considerados os mais antigos galardões atribuídos em Portugal na área da investigação biomédica, sendo financiados pela farmacêutica Pfizer e indicados por um júri nomeado pela Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) lançou uma petição para a reposição da comparticipação das vacinas antialérgicas em Portugal. A petição, que conta já com 7800 assinaturas, está em curso até ao dia 31 de dezembro.