Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluíram que o mau controlo da rinite e da asma, sobretudo quando associadas, pode fazer a produtividade no trabalho cair até 70 %.

O estudo “EPI-ASTHMA - Prevalência e caracterização das pessoas com asma, de acordo com a gravidade da doença, em Portugal” foi apresentado oralmente em Late-breaking abstract, durante o World Allergy Congress 2024 (WAC 2024), que decorreu em Lisboa de 27 a 29 de setembro, tendo em conta os resultados finais sobre a prevalência de asma não controlada, asma difícil de tratar e de asma grave.³

Com Portugal a atravessar uma onda de calor, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), através da Comissão de Trabalho de Doenças Ocupacionais e do Ambiente, emitiu um conjunto de recomendações para prevenir complicações respiratórias, especialmente em pessoas com doenças crónicas.

Um grupo de associações de doentes apresenta na quarta-feira uma proposta de Estatuto do Doente Crónico que prevê a isenção de taxas moderadoras, a comparticipação para medicamentos e internamento e condições especiais ao nível laboral.

A asma afeta cerca de 5 a 13 % das mulheres grávidas, segundo os autores do estudo, e como tal estas requerem medicação diária para controlo da doença. No entanto, a adesão terapêutica muitas vezes diminui ao longo da gravidez. Consequentemente, as mulheres grávidas com asma apresentam um risco acrescido de desenvolverem pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, descolamento abrupto da placenta, hemorragia obstétrica ou até uma exacerbação da asma. O estudo publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology (doi: 10.1016/j.jaip.2024.02.017) pretendeu esclarecer a associação entre a adesão do tratamento para a asma com possíveis situações de exacerbação da doença, bem como com os outcomes neonatais/maternos.

A utilização de Medicina de Precisão tem-se tornado de extrema importância para o diagnóstico e gestão das alergias alimentares. Este trabalho de revisão publicado no jornal de Current Opinion in Allergy and Clinical Immunology sumariou a última informação disponível sobre Alergologia Molecular, bem como os parâmetros essenciais para uma boa gestão clínica dos doentes com alergias alimentares.

A exposição precoce a antibióticos pode desencadear suscetibilidade a longo prazo à asma, de acordo com uma nova pesquisa publicada no jornal Immunity (10.1016/j.immuni.2024.06.010). Os autores deste estudo isolaram uma molécula produzida por bactérias intestinais que, no futuro, poderia ser testada como um tratamento simples, na forma de um suplemento dietético, para crianças em risco de asma, de modo a evitar que desenvolvessem a doença.

Um artigo divulgado estima que seria necessário plantar anualmente em Portugal mais de 1,3 milhões de árvores para capturar os gases libertados na atmosfera pelos inaladores pressurizados, usados no tratamento de doenças respiratórias como a asma.

O microbioma intestinal em crianças com alergias a alimentos é diferente do microbioma intestinal das crianças sem qualquer alergia alimentar, com poucas diferenças vistas nas crianças mais novas, de acordo com o estudo publicado no jornal Annals of Allergy, Asthma and Immunology.

Na rinite alérgica (RA), existem indicações de que a polissensibilização está associada a doença mais grave. No entanto, não existe ainda evidência suficiente que esclareça a possível relação da sensibilização a variabilidades clínicas da doença, subjacentes à natureza da doença, como por exemplo conjuntivite ou asma associadas a RA, racional do estudo publicado na Annals of Allergy, Asthma & Immunology.