Atualidade
“E se fosse consigo?” Este é o mote da nova campanha da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), dirigida a imunoalergologistas, e que pretende alertar para a importância de uma melhor compreensão do angioedema hereditário, uma doença com um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes.
Um estudo da University of British Columbia (Petersen, Charisse, et al. Cell Reports Medicine.2021) procurou investigar a ligação crítica entre o desenvolvimento pré-natal e a composição precoce da microbiota para identificar fatores associados à sensibilização alérgica. Este estudo revelou que que os recém-nascidos que desenvolvem sensibilização alérgica mediada por imunoglobulina E (IgE)- (atopia) até um ano de idade têm um metaboloma intestinal menos diversificado à nascença, e que clusters metabólicos específicos estão associados tanto à proteção contra atopia como à abundância de taxas-chave que conduzem à maturação da microbiota.
As células epiteliais formam o revestimento da maioria das superfícies internas e externas do corpo humano. O artigo “Does the epithelial barrier hypothesis explain the increase in allergy, autoimmunity and other chronic conditions?” publicado este ano na Nature Reviews Immunologys introduz uma "teoria de barreira epitelial" detalhada, que propõe que a disfunção das barreiras epiteliais através de agentes nocivos ligados à industrialização, urbanização e vida moderna está subjacente ao aumento das doenças alérgicas, autoimunes e outras doenças crónicas. Além disso, o artigo aborda como as respostas imunitárias aos desequilíbrios da microbiota que extravasam a barreira epitelial lesada do intestino podem estar envolvidas no desenvolvimento destas doenças.
Os investigadores responsáveis pelo estudo, publicado na revista científica Science of the Total Environment, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluíram que as crianças que vivem em zonas com maior quantidade de vegetação apresentam menor sensibilidade alérgica, sendo a exposição a estes espaços protetora do desenvolvimento de doenças.
A Associação Portuguesa de Doentes de Urticária (APUrtica) pretende sensibilizar para esta patologia, que se assinala a 1 de outubro, com foco nos sintomas e nos doentes que sofrem com esta doença.
Existe um perceção pública generalizada de que a sociedade ocidental do século XXI é demasiado higiénica, o que significa que os bebés e as crianças estão provavelmente menos expostos a micróbios nos primeiros anos de vida e por isso tornam-se mais suscetíveis a alergias. Também em medicina, defende-se que a exposição infantil precoce a determinados microrganismos protege contra doenças alérgicas, contribuindo para a maturação do seu sistema imunitário. No recente artigo “Microbial exposures that establish immunoregulation are compatible with targeted hygiene” (The Journal of Allergy and Clinical Immunology, 2021), os autores apontam para quatro razões significativas que refutam esta teoria.
Já está disponível a 1.ª associação LABA/LAMA/ICS para adultos com asma moderada a grave não controlados adequadamente com LABA/ICS. Esta dose fixa diária reduz as agudizações e melhora a qualidade de vida. Veja o vídeo.
As crianças asmáticas têm menos probabilidades de responder à terapêutica com corticosteroides inalados se tiverem excesso de peso ou forem obesas, o que resulta em ataques de asma mais frequentes, de acordo com a investigação apresentada no Congresso da European Respiratory Society (ERS) [1].
Um artigo publicado na edição de agosto do Allergo Journal International, o jornal oficial da Sociedade Alemã de Alergologia Aplicada (AeDA), sugere que o uso de máscara facial durante a época polínica pode ser uma medida não farmacológica eficaz em indivíduos com alergia ao pólen.
No Centro Hospitalar Lisboa Central (CHULC), foram vacinados contra a COVID-19 100 doentes com risco de reações alérgicas, tendo apenas um reagido com "uma urticária facilmente controlada". Quem o esclarece é a Dr.ª Paula Leiria Pinto, responsável pelo Serviço de Imunoalergologia do centro hospitalar. Foram ainda realizados testes cutâneos a dez doentes cujos resultados foram todos negativos.