Atualidade
Há cada vez mais estudos a propor uma relação entre a dislipidemia e o desenvolvimento de doenças alérgicas. Os resultados de um estudo recente constituem provas preliminares de que níveis reduzidos de HDL podem afetar negativamente a inflamação de ILC2 na RA, sugerindo que o HDL pode servir como alvo terapêutico promissor na rinite alérgica (RA).
Os determinantes da tolerância aos alergénios alimentares não são totalmente compreendidos. Assim, o objetivo de presente estudo foi elucidar a associação entre sintomas orofaríngeos sem reações sistémicas e a tolerância a alergénios alimentares. Como conclusão, os resultados sugerem que os sintomas orofaríngeos sem reações sistémicas podem ser um fator de risco para intolerância a alergénios alimentares.
Na asma alérgica (AA), a citocina IL-3 é conhecida por participar na diferenciação e sobrevivência de eosinófilos, basófilos e mastócitos da mucosa; no entanto, o seu papel nos linfócitos T reguladores, bem como nas células linfoides inatas tipo 2 (ILC2) pulmonar e na asma pediátrica, não estava percetível. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar o papel da IL-3 em crianças de idade pré-escolar e explorar o seu papel terapêutico na asma experimental. O estudo concluiu que a IL-3 esteve associada à asma resolvida com esteroides. Além disso, o tratamento com IL-3 recombinante (rIL-3) resultou na melhora da eosinofilia das vias aéreas e na produção de muco, duas principais condições fisiopatológicas associadas à asma em modelo animal de asma alérgica. Assim, a rIL-3 emerge como nova estratégia para imunoterapia desta doença.
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) aprova o financiamento de dupilumab para o tratamento de crianças com dermatite atópica (DA) grave, e de adolescentes com dermatite atópica moderada a grave, assim como o financiamento deste medicamento para o tratamento de doentes adultos com chronic rhinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP) e de adultos e adolescentes, com idade igual ou superior a 12 anos, com asma grave.
As reações alérgicas graves às vacinas para a COVID-19 são muito raras e podem ser causadas pela própria vacina ou pelos seus excipientes. Para compreender melhor os mecanismos das reações anafiláticas e harmonizar as práticas em relação a estas vacinas, foi criado entre peritos europeus em Alergologia e Farmacologia, um consenso sobre a gestão de doentes com antecedentes de alergia grave e doentes com suspeita de hipersensibilidade a qualquer vacina COVID-19.
A canábis é a droga recreativa mais utilizada no mundo e o uso crescente em muitos países tem sido acelerado pela pandemia COVID-19. A presente revisão teve como objetivo resumir o estado atual da alergia à canábis e propõe recomendações para a gestão futura desta questão global.
A World Allergy Organization renovou, pela segunda vez consecutiva, o estatuto de Centro de Excelência ao Centro da Alergia do Hospital CUF Descobertas. Esta distinção internacional, atribuída por um período de cinco anos, reforça o reconhecimento da qualidade da atividade clínica, formativa e científica da equipa de Imunoalergologia deste hospital.
O Hospital de Dia do Serviço de Imunoalergologia, em Braga, mudou de espaço, no início desta semana, para vir a desenvolver a sua atividade junto à Consulta de Psiquiatria.
Um estudo sugere que quatro nutrientes (retinol, vitamina A, criptoxantina, e cobre) e dois géneros microbianos intestinais (prevotella e escherichia) foram associados à probabilidade ajustadas à idade e sexo de desenvolver rinite alérgica.
Os resultados de uma revisão sistemática liderada por investigadores da Universidade do Porto suportam um possível efeito preventivo da imunoterapia específica com alergénios (AIT) no início da asma e sugerem um efeito reforçado quando administrada em crianças, monossensibilizada, e durante pelo menos três anos, independentemente do tipo de alergénio.